segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Abandono

Por estes dias, no final da tarde, eu estava dirigindo o meu carro pelas ruas do centro da cidade quando me deparei com a saída de alunos de uma escola, que terminavam as aulas do período da tarde e retornavam para as suas casas. O que me chamou a atenção, além do grande número de alunos que caminhavam pelo asfalto destinado ao tráfego de veículos, foi o número de crianças, com muito pouca idade, uns toquinhos de gente como se diz, que voltavam da escola completamente sozinhos, sem o acompanhamento de um adulto sequer ou até mesmo de alguma outra criança um pouco maior. Neste local o tráfego é intenso, onde normalmente a velocidade dos veículos que por ali trafegam, nem sempre é baixa. Fiquei pensando por um longo tempo ainda, como deve ter trabalho os anjos da guarda daqueles pequeninos, uma vez que devem fazer o longo trajeto da escola até as suas casas, todos os dias, e só podem contar com a proteção divina para chegarem em suas casas sãos e salvos. Comecei a me dar conta, que estava à frente a um outro tipo de abandono, quase despercebido, mas que também causa uma tristeza muito grande, pois, não é admissível deixar que crianças tão pequenas adquiram, de forma tão prematura, uma enorme responsabilidade, incompatível para a sua idade. Os pais ou os responsáveis por estas crianças deveriam tomar uma atitude definitiva com relação ao perigo que seus filhos ficam expostos todos os dias, evitando que algo indesejável possa vir a acontecer.

Nenhum comentário :