sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Confraternização

Na noite de ontem o Diário de Cachoeirinha esteve confraternizando à convite da Secretaria de Comunicação da Prefeitura na 24º Ronda Crioula que acontece no CTG Rancho da Saudade em Cachoeirinha. Um saboroso galeto foi uma excelente desculpa para que pessoas que tratam de questões profissionais no seu dia a dia confraternizassem numa noite muito agradável.

Artigo


Transcrevo o artigo que escrevi e foi publicado na página 2 da edição de hoje do jornal Diário de Cachoeirinha:

Nestes dias nublados e frios de inverno andei remexendo no baú da minha alma e fiquei refletindo sobre aquele que pode ser o sentimento mais puro e mais forte que pode unir as pessoas: a amizade. E, como é difícil entender a amizade. Simples e complexo ao mesmo tempo é o sentimento que resiste às mais duras intempéries da vida. Amigos, por vezes, podem vir a se separar por circunstâncias da vida, que faz com que tomem rumos diferentes. Uma mudança de cidade, uma transferência de emprego ou de escola são alguns dos motivos possíveis para que amigos deixem de se ver ou até se falar. Mas, como permanece aquele forte vínculo, ao se reencontrarem, a amizade certamente irá recuperar o tempo perdido. Nada melhor que um alegre reencontro e a satisfação de um abraço apertado para transmitir a saudade sentida. Existem amizades que marcam tão profundamente que são para sempre.
Infelizmente, os amigos também brigam. Como seres humanos estão sujeitos a eventuais divergências, a eventuais desentendimentos. Na amizade forte e verdadeira, a comunicação é aberta, propiciando, portanto, a liberdade de expor opiniões mesmo que contrárias. As coisas ficam estremecidas. Podem até mesmo ficar sem se falar por algum tempo, mas a amizade que os uniu acabará por provocar a reconciliação.
A questão que nos abala profundamente é quando nos deparamos com o afastamento. De repente, aquela afinidade descoberta, aquele sentimento fraterno que havia se instalado, simplesmente desaparece. Com a mesma rapidez que aflorou, morre. Um imenso e frio vazio se instala em nossos dias. É preciso restaurar aquilo que não deixou de ser importante e precioso, marcando o ritmo de uma nova etapa com a mente e o coração livres de angústia e rancor. Como já disse o poeta: “é duro ter amigos que não sabem o quanto são nossos amigos e a total necessidade que se tem deles”. Os nossos amigos tem um papel importantíssimo no filme por vezes comédia, outras drama que é a nossa vida. E aí cabe entrar num universo de reflexões que venham a provocar mudanças que propiciem um mundo melhor para nós e para quem está em nossa volta. É só se sentir capaz de realizar a façanha de criar a própria realidade. Isto é possível com muita consciência e esforço, com vibração e atitudes positivas, mas, principalmente se comprometendo com as mudanças que ocorrem quando tomamos a decisão, de fato, de transformar as nossas vidas. A partir daí, cresce a força que se adquire quando se percebe que são superados alguns obstáculos e que foi possível dar alguns passos à frente. Quanto mais passos se conseguir dar mais confiante se fica e, quanto maior a confiança, maior a auto-estima e a certeza de se conseguir mais. É a imensa alegria de descobrir o poder inerente àqueles que sabem que conseguem. No momento que se começa a mudar a atitude, a torná-las positivas, pode-se perceber vibrações elevadas e que os seus padrões começam lentamente a se transformar. Nada acontecerá do dia para a noite, mas, com a devida paciência com os inevitáveis tropeços que irão surgir, com os pensamentos carregados de firmes propósitos, será possível atingir os tão esperados objetivos. Isto significa renovar a cada momento a esperança de ver um mundo melhor e uma excelente oportunidade de compreender que a vida tem sentido. Para finalizar, uma mensagem que recebi tempos atrás e que gosto de reler seguidamente:
"Não viva se reprimindo, das emoções fugindo, ignorando os pedidos de seu ser.
Seja. Aconteça. Viva. Não seja um desajustado consigo mesmo, com o mundo.
Seja corajoso. Arrisque mais. Corra atrás de seus sonhos. Seja você mesmo. Não o que esperam de você. A vida é um presente que lhe foi dado. Não se esqueça disso nunca. Viva. Aproveite tudo que o mundo tem a lhe ofertar. Viva. Não viva a se ignorar. Vá lá no fundo suas verdades buscar".

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pátria Amada, Brasil!

Transcrevo a seguir uma coluna que escrevi em setembro de 2005 para os jornais do Grupo CG de Comunicação e que traduz ainda o que penso com relação ao 7 de setembro:

Estamos na semana que comemoramos a Independência do Brasil. E devemos comemorar, sim. Comemorar como nos tempos de criança, da escola, quando indiferentes a tudo mais, enchíamos o peito de orgulho de sermos brasileiros e íamos para a avenida homenagear o Dia da Pátria Amada Brasil. Ficávamos tomados por um sentimento forte, legítimo, de filhos para com a mãe Pátria. Os sorrisos estampados nos rostos pela pureza do pensamento de que o nosso país era perfeito, sem defeitos e que não havia melhor lugar no mundo para se viver. De repente, quantas lembranças surgem dos Sete de Setembro que ficaram no passado. Que saudade daqueles feriados de belas recordações. Uma festa colorida de verde e amarelo, de bandeirolas agitadas, mas também de algodão doce, pipocas e balões. Na verdade, as atividades tinham início vários dias antes, com os ensaios da banda marcial onde exercitávamos, repetidas vezes, a cadência da marcha, o alinhamento, os movimentos coordenados, felizes por estarmos numa atividade fora da sala de aula. Até que chegava o grande dia do desfile. Uniforme impecável, sapatos mais do que brilhantes e um crescente sentimento de amor à Pátria Amada, de orgulho ao nosso Brasil. Depois, à volta para casa, exaustos, mas renovados e felizes por ter participado de uma grande festa pela liberdade.

Orgulho é o que se quer ter e o que se espera. Orgulho do nosso país. O Brasil dos brasileiros, sem os aproveitadores nacionais e estrangeiros. O Brasil das boas intenções, das ações positivas. O Brasil da igualdade e justiça social, da educação com qualidade, da assistência à saúde, da geração de empregos, da dignidade dos salários. Um Brasil de oportunidades para todos, que não se esconde em promessas e inverdades, na ilusão de que seremos sempre um país do futuro. Futuro tantas vezes adiado mais para frente por ilusões, metáforas e explicações. Adiado pela incompetência, pela má administração dos recursos, pelas falcatruas. Adiado pela sonegação, pela evasão de divisas, pela lavagem de dinheiro. Adiado pela impunidade. Apesar de tudo isto, devemos acreditar que o país tem jeito. Apenas é preciso ficar de olhos bem abertos e reagir com indignação às manobras dos oportunistas.

Quero de volta aqueles Sete de Setembro do passado. Com os mesmos sentimentos legítimos de orgulho, de respeito às instituições e de firme retomada aos nossos valores. Um Sete de Setembro em que as nossas crianças possam agitar as bandeirolas coloridas da esperança com muito orgulho, com um sorriso estampado no rosto e com a certeza de que poderão viver não só num país do futuro, mas também em uma grande nação do presente.