terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cabelos Brancos

Num domingo desses num aniversário de criança (que por sinal estava muito bom) encontrei um velho conhecido. Fazia muito tempo que não nos encontrávamos e após os cumprimentos formais de praxe a sua primeira reação foi o quanto os meus cabelos haviam ficado mais brancos desde a última vez que havíamos nos falado. Quero deixar bem claro que absolutamente me importo com o tom prateado que insiste em tomar conta da minha cabeça. Mas, cabe uma rápida reflexão. No dia a dia com o espelho não percebo os dias que passaram. A cada novo ano, a cada troca de idade procuro não sentir a diferença do guri que fui para o homem que sou. Recuso em ver o tempo passar porque teimo em acreditar na possibilidade de viver de forma positiva e em busca de paz. Faço uma força incrível para não desistir de ser feliz a cada nova manhã, a cada mes ou a cada nova idade. Na verdade, é grande o esforço para camuflar amarguras, dores e rancores. É necessário, a cada momento, não deixar adormecer a criança interior e assim procurar ver a vida com as cores da esperança tão marcantes em nossa infância. A maior vitória é conseguir driblar o tempo diante do espelho e permitir que os apenas cabelos e não os sentimentos envelheçam.

Um comentário :

Josi Valentim disse...

Ah se todos pensassem assim!
Que vida! Tudo tão mais feliz...