terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Festas

O período de festas natalinas neste ano está muito devagar. Normalmente esta é uma época do ano em que as pessoas se sentem mais sensíveis, mas há toda a agitação natural que antecede as festas e também cresce o entusiasmo com a chegada do novo ano e com ele a perspectiva de uma vida melhor. Ao que parece, o espírito natalino este ano está demorando um pouco mais para contagiar as pessoas. As luzes de Natal ainda não iluminaram a alma das pessoas.
Não se pode negar que também há uma forte pressão por consumo. Este ano é o ano dos notebooks como o ano passado foi o dos celulares. Mas, tem uma crise rodando por aí. E, ela não apareceu nos demais meses do ano. Por ser a época do ano em que muito se fala em fraternidade, no próximo, em que normalmente as pessoas desejam para si e para os outros, saúde e muito amor, que, de fato são importantíssimos na vida de todos nós. Mas, sem hipocrisia, o que as pessoas querem mesmo é dinheiro, muito dinheiro. Poderíamos aqui tratar, longamente, os diversos ângulos da questão, que vai desde o dinheiro não compra a felicidade até os efeitos do que a falta do “money” causa na vida das pessoas. O ponto principal, na minha opinião, é que as pessoas estão deixando cair a máscara e assumindo que nos dias de hoje é cada vez mais importante ter do que ser. Ou não?

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Turbilhão

E chegamos finalmente a dezembro, último mês do ano. É um período diferente este que antecede as festas natalinas e as comemorações do novo ano que vai iniciar. Nessa época, as pessoas começam a viver um turbilhão de emoções, com a sensibilidade à flor da pele, quando alternam momentos em que se sentem bem e outros em que de repente a tristeza invade sem pedir licença. Muito se fala em fraternidade, em amor ao próximo por esses dias, mas as pessoas acabam por se sentir infelizes porque não são valorizadas pelo que são, mas pelo que tem. São dias em que acordamos angustiados sem saber direito o motivo à procura de respostas para entender o que de fato está acontecendo. São muitas as mudanças que temos que enfrentar ano após ano. Vive-se cada dia mais preocupado e introspectivo, experimentando uma estranha solidão mesmo que uma multidão esteja à nossa volta. À medida que vamos envelhecendo aumenta a sensação de que a magia que iluminava os Natais de nossa infância, vai dando lugar a um quadro cuja pintura é feita com tintas de cores reais.